Tuesday 30 August 2011

“A espada Nagô mata mais um Rei Bantu”


 
14/11/2010 - Monumento o Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, é restaurado. O busto foi recolocado no topo da pirâmide. Foto de Eduardo Naddar / Ag. O Dia CIDADE, MONUMENTOS, RESTAURAÇÃO, ESTÁTUA Ag. O Dia


“Na madrugada deste domingo, o Monumento a Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, na Praça Onze, foi pichado, com a escultura da cabeça com pichações na cor branca e a pirâmide da base com inscrições de cunho racista“.
Globo

Começo por condenar actos de vandalismo, contra qualquer objecto simbólico de um povo e cultura na nossa sociedade e principalmente, contra o povo Afro-Brasileiro que tanto merece esse reconhecimento, por mais insignificante que seja para alguns.

Do mesmo modo, aproveito para navegar na mesma onda da ocasião, alertando este permenor semi repetitivo, ignorado por muitos e provavelmente nunca observado pela maioria.

As origens do então herói negro brasileiro e rei dos Quilombos dos palmares (Janga Angolana), sobrinho do primeiro rei “Ganga Zumba”, nunca deveria ser um segredo!
Tudo indica que as suas origens seriam  BANTU, de Angola e Congo. Ou seja dos reinos de Angola e do Kongo.

Os atentados de se velar este facto com adoramentos exagerados da cultura Yoruba/ Nagô* (África Ocidental), através de filmes, livros e canções são comuns.

Zumbi nunca foi filho de Ogum! Nem Ogum jamais teve um filho Zumbi...O rei nao foi para Orun! Ele está bem seguro nos braços de Kalunga!


A cabeça (monumento) que presenciei enquanto de visita ao Rio de Janeiro, para a minha surpresa, seria de uma figura Nagô!

Provavelmente de um príncipe que existiu no passado. Ou na Nigéria ou em Benin. (Historiadores que me ajudem!)

Acredito sinceramente que seja mais uma tentativa ( e desta vez não por brancos racistas) de dizimar a presença da cultura Bantu de Angola , Congo e Moçambique no Brasil.

O inimigo vive entre nós!

Existe um grupo de indivíduos altamente qualificados, que foram dados o direito de exaltar culturas que eles consideram de qualidade superior e mais agradáveis (yoruba-nagô),  perante a cultura Bantu.

Alguém ja’ ouviu falar dos "mais belos dos belos?"


Estes mesmos indivíduos,  academicamente e religiosamente subestimam  a inteligência do povo negro!

As suas intenções são inapropriadas e vergonhosas, simplesmente porque tal acto exige iludir, burlar, lograr, confundir e equivocar o seu próprio povo, projetando a ideia de que eles são todos iguais e descendem de um lugar único...a África.

Vamos aproveitar para reflectir e desejar que os vandalistas que picharam  a escultura com pichações na cor branca, sejam vigorosamente punidos por lei, nem que o próximo monumento seja um Zumbi de saias.

* As expressões negro Nagô e negro Rebolo NÃO existem e  NUNCA existiram no continente Africano.  Seriam palavras fabricadas por colonos  e de natureza extremamente racista.

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